quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Vendendo Sorrisos

Diversão é só uma parte

Imaturidade é uma fase

Arrependimento sem volta

É um vazio transbordando

Eu tentei lhe dar a mão

Você não percebeu

Dói ver você ao léu

Vendendo sorrisos

Eu conheço bem isso

E hoje me vejo livre

Eu conheço bem isso

Agora te vejo passar


Quando acordar tarde...

Saiba que estive aqui!

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Resistência Amiga


São seus meios comuns de explorar a vida,
É a tua curiosidade de aprendiz.
As atitudes radicais que vazam,
Escorrem por entre os dedos jovens.

Resistência!

Crie planos estruturados além do que pode enxergar,
Una a sede de vitória que motiva e faz guiar.
O conhecimento que logo se torna pouco:
Os erros que ensinam como ninguém.

sábado, 26 de julho de 2008

Big Bang



Eu não quero perder você de vista.

Mas tem que entender,

Também sou artista;

alguns são suícidas.


Só quero estar sempre na sua vista!

Eu não quero passar sem estar na retina

Mas tem que entender,

Meu coração é pobre,

E cheio de poesias.


Só quero estar sempre na sua vista!


segunda-feira, 21 de julho de 2008

Volúpia



São momentos assim
Onde flui a música
E pensamentos de moinho
Transtornam em sentimentos
A alma e o espírito gritam
Mais alto que qualquer construção engenhosa
É a intencionalidade da vida
Criando impulsos onde só a razão
Onde só essa razão
Dá ouvidos á canção

domingo, 6 de julho de 2008

Você: criança-adulta – Parte II


Durante a noite um homem se põe a reclamar da situação conjugal e passa a refletir sozinho na escuridão do quarto:

- Amargurado a cada amanhecer, disputo a cama como se fosse território inimigo, e não existe nada que faça com que as cobertas sejam menos numerosas e o calor humano ponha fim nas longas noites de frio e só existe cansaço até no ouvir afagado da respiração alheia. Enfim, sós. Abandonados numa ilha limitada, onde o grande prazer individual passou a ser os constantes erros e provocações que as virtudes cometem numa encenação parecida com monólogos da idade média. Só que num jogo esfarrapado e de regras atuais envolvendo falsas intenções ideológicas e sentimentos mal representados, papel na broadway, uma utopia, um delírio em plena beira á mar. O sol, é o sol meu caro, é quem desfigura a superfície até esfarelar teu ego, cobrindo a realidade de meras ilusões e músicas que fluem como lembranças, na memória do meu corpo e na memória afetiva que me trazem a tona centenas de lembranças e novas cicatrizes.
E lhe parece surreal? Não pude conter essa pergunta. Ás vezes a realidade parece tão irreal que até no faz perder o chão e a razão. Tem gente que precisa de pílulas pra escapar da realidade e dormir. E vemos coisas tão significativas e com pouco de senso podemos considerar insignificantes também. Os mitos dizem muito sobre o que não podemos explicar e confortam supostas inquietações no ser. E neste caso não poderia ser diferente, levando em conta essas considerações míticas: o amor, um grande mito!

Finalmente o sono chega como furacão arrebatando os pensamentos ligeiramente. Num campo, o sol irradiante e o canto dos pássaros acabam por despertar o Homem angustiado com sua situação conjugal. Jogado sobre a cama num verde que cobre todos os longos montes ao redor, a voz de criança surge dizendo:

- Criança-adulta que se deita na grama feito ingênuo, despreocupado com os cabelos grisalhos, já despenteados, vivendo a realidade que sempre sonhou e se penteou e buscou e conquistou na primeira oportunidade.

O Homem parece não entender nada, e enquanto acorda aos poucos, a criança continua a falar alternando o tom da voz:

- Isso sim é considerável, não reprimindo os desejos de criança, já que somos adultos pequenos, ao menos deixar essa criança na autonomia de te guiar. Deixe que se constitua dentro de você o partido dos sonhos, e que se petrificando concretize a mais sólida fortaleza. Que mobilize suas aptidões e faça-o sorrir feito um palhaço bobo. Um homem bobo. Uma criança-adulta. Afinal essa criança olha no espelho e se vê no mundo adulto; muitos se perdem em fragmentos abrindo as cortinas pro adulto mesquinho, o novo velho adulto, que inverte tudo, e se veste por fora feito criança, e por dentro as vestes pesadas de adulto. Coroa á ele! Pois há muito tempo ele não sonha ao dormir, preocupado com sua vida adulta, deita-se e dorme com os olhos abertos. Agora a agonia deste “ser adulto” mortifica toda esperança que sua criança depositava no peito.

O Homem sem dizer nenhuma palavra apenas contorce-se na cama e começa a vestir uma camisa de força:

- É tarde demais, muito tarde!

Repete murmurando baixo, ao sentar na cama novamente adormece, repetindo até que o sono volta como feitiço. Despertando furiosamente, o homem acorda assustado gritando como se acordasse de um pesadelo, na busca frenética de erguer os braços percebeu que continuava com a camisa de força:

- Então lentamente reponho a respiração serenamente e me conformo feito cão com restos de comida.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Você: criança-adulta - Parte I (Prólogo)


Você é aquela vaca desajeitada que dá leite e chuta o balde em seguida, e como se não bastasse lamenta depressivamente o resto da vida e se põe a chorar pelo leite derramado.
Você é aquele que vive o tempo todo se defendendo como se tivesse que prestar depoimentos sempre, só para se engrandecer ao máximo da perfeição: é você.
Você é aquele que faz caridade e cobra se não for correspondido, mas você também faz parte dos que recebem caridade e reclama por ser pouco.
Você é aquele homem bem sucedido que está num grupo social pois precisa somente pra não se sentir só em seu pequeno mundo, sempre alguém nesse grupo se supera, e não é seu caso, o que te deixa mortificado.
Você é aquele que aceita todo mundo como amigo pra bancar o rodeado, mas não assume que seus amigos realmente só estão te rodeando enquanto não estiver na roda dos miseráveis.
Você é aquele que se perde em suas razões justamente por achar que não é mais criança, se soubesse o quanto Jesus tinha de criança no espírito eterno mesmo num corpo adulto.
Você é aquele que julga todo mundo pelo simples fato de esvaziar os ressentimentos reprimidos que a sociedade arma contra seu ser, assim você pode dormir tranqüilo sabendo que existem pessoas inferiores a você.
Você é aquele político-correto planando sobre as verdadeiras mentiras ideológicas no intuito de adquirir poder e luxo, isso porque desvaloriza a verdadeira força de trabalho, o suor e mais grave ainda: suas raízes.
Você é aquele que crítica a sociedade e tenta mudar ela, sem desfrutar de leitura, de cultura, de respeito ao próximo, de conhecimento ao inimigo, sanidade intelectual e estrutura racional rigorosa, prefere estar passivo em frente á televisão.
Você é aquele Brasileiro que nega a verdadeira característica de nação, caindo num fluxo de falsos conceitos burgueses e culturas de massas podres, ainda alegando originalidade. Desconhecedor da verdadeira história trágica.
Você é aquele que acredita que não há tempo pra se aprender, pra mudar, pra crescer humanamente, independente de serem crianças ou mais velhos instruindo-o.
Você é aquele financeiramente quase bem estruturado, sem filhos e sem mulher que só pensa em si e nos seus prazeres, mas teus cabelos estão quase ausentes, e teu futuro anseia a solidão inevitável dos tempos mortais.
Você é aquele que gosta de ouvir a própria voz e os assuntos de interesses pessoais, quando alguém alheio magoado lhe bate a porta você sorri acusando-o de ser fraco, o papel de bom samaritano é mal atuado.
Você é aquela coisa que tem tudo pra dar certo, mas ao se gabar estraga a própria reputação; ainda que sua imagem explícita seja o que mais preserva.
Você é aquele estúpido que culpa a mãe por ser uma aberração ambulante e narcisista solitária que trabalha pra se divertir e divertir e divertir. A ausência de tua mãe te transformou num mal educado e o peso do pseudo-conceito.
Você é aquele sozinho que quando cai do alto não tem ninguém por perto pra lhe segurar e isso te deixa aflito e guarda medo.
Você é quem crítica o que lhe é alheio, aponta os defeitos e pré-julga preconceituosamente ás pessoas que não conhece, sendo que nem se conhece; principalmente seus valores adormecidos que não quer despertar.
Você é aquele que um dia tanto senti afetividade, em quem depositei toda minha confiança e fortaleza, mas que aos poucos foi desmoronando há medida que a verdadeira identidade foi se revelando. Na medida em que foi jogando fora todas as cartas de amor e todos os objetos que lhe entreguei como prova. Na medida em que minha aliança foi perdendo o brilho e a sua se mantém inalterada, mal foi usada. Na medida em que me diminuía na frente dos seus amigos a exemplo do que é ruim, e todas as suas qualidades tornaram-se transparentes e cobertas por uma poeira escura dos defeitos. Até na medida que separa o óleo da água é medida que separa sua pessoa da minha. Há medida no que me faz pensar nessas frases que você mais uma vez vai ler e de nada vai valer.

Desculpas?! Será que devo senão a Deus, e nem dele cobro ou peço nada, nem medidas, nem êxitos nem defeitos, sou simplesmente mais um errado na “multidão correta”.
Simplesmente um beberrão sonhador que acredita em seres pequenos e restritos.
Infelizmente alguém que se deixou levar pelos momentos e seguiu a estrada da incerteza, deixando de lado os restos duma felicidade lúcida.
Meu Deus, ás vezes chego mesmo a me ajoelhar, mas de dor, de sofrimento ou só porque os meus erros e defeitos por mim são revelados como forma de aprendizado cruel.
Aqui deixo a moral: não valorizem quem não se valoriza, pois não vai te valorizar mesmo não havendo valor. A espécie humana não tem valor, a vida não; não existem raças, nem sexualidade dominante, somos parte de um todo.
Assim como as estrelas que vemos no céu dessa noite, que são coisas mortas; há tempos passados se mantendo todas, a cada noite e guiadas pela energia solar e a este soberano também: alinhados, logo ali, todos os planetas!
E o amor, cura a dor, mas a dor também é passagem ao amor se propagar!
E todas as ciências existentes, nada neutras, explicam as formas de se relacionar, mesmo as ilhas, distantes de penínsulas e costas, são ambas refrescadas pelo mar, e o céu reflete sua claridade...

Você foi à pessoa que mais esteve comigo além das dificuldades e ditirambos desses anos, quando a casa caiu você me ajudou a reerguer.
Você pra sempre vai fazer parte de minha vida, pois fez parte da minha história, e de cada história um observador diferente.
Você teve paciências descontroladas e isso me fez amadurecer ao correr atrás das reações que a vida devolveu, meus atos criaram autonomia, mas meus sonhos sempre se mantiveram na mais sólida categoria.
Você me ensinou o que eu precisava entender sobre um adulto e favoreceu-me ao mostrar as atitudes que devo ou não tomar quanto a ser um, num dia.
Você me abraçou como a um irmão, pois a parceria esteve por um tempo em grande fé, isso me fez segurar mais forte meus amigos, mesmo sem grana.
Você me fez valorizar a pouca necessidade pra sobreviver, nunca precisei de muito pra viver, me basta lápis e papel pra abstrair o real e o surreal.
Você me lembrava a simplicidade, as poucas roupas pra vestir, os poucos móveis na casa, porque ficarão.
Você parecia não ouvir às vezes, e as músicas eram tão belas e cheias de sentimentos a expressar, ainda como estão agora. Eu só queria te ensinar a ouvir mais, o professor deve aprender com seus alunos.
Você não aprendeu a ser sutil ao encarar o próximo, evitar a mão aos possíveis aliados e meu coração sente-se inutilmente desapontado.
Você nesse xadrez me colocou no meio do tabuleiro cercado de indecisões e estratégias alternativas, odiado por lutar, maldita hierarquia e bandeira suja.
Você me fez estudar mais o verdadeiro sentido da política e da democracia, algo tão utópico nesses carnavais. Uma questão de assuntos.
Você me fez aprender a seguir em frente e reclamava quando eu acomodado perdia tempo precioso.
Você me ergueu quando cai desestruturado na sarjeta dos imprestáveis, na rua da amargura, e no quarto da solidão, neutralizava esses sentimentos e estendia os braços.
Você me fez aprender com os erros, pois erro muito, mas são pequenas coisas transformadas em grandes quando há perseverança.
Você me fez agir, havia uma energia contida e tudo o que aconteceu foram impulsos dessa relação, sei que não posso parar. Você foi você...
Criança-adulta!

terça-feira, 10 de junho de 2008

Dionísio


Essa noite me lembra do Deus bacana

Lembro do fim de semana,

As feras soltas sem temperança.

Essa noite os poetas

Descarrados

Adormecidos

Como ódio contido

Se libertam ébrios,

Democrátas,

Nesse semelhante

Ditirambo

Desornenado e

Superficial

Exprime,

Exprime-se:

Ô Bacana!

E perde o equílibrio

Arruinado pela ousadia.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

O Consenso

Ás vezes o consenso basta, só.
Quando você possui um senso incomum, tudo a seu redor
Parece lhe sufocar, torna-se caótico e sem sentido a vida.
Mas quando você não encontra consenso em nada, então
Você se torna caótico e sua vida não tem outro sentido se não
Sufocar-se.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Necessitações

Surgiu necessitando
duma necessidade
necessária de
necessitar
essa necessitação
necessitada,
pois tudo o
que a espécie humana
quer é querer
querendo sempre mais.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Sem Preço

Numa noite bandida e serena
Por dias ausentes a velha estrela do meu céu
Descaso da realidade, eu, despreocupado.
Ao meu acalento dormiu um destino incerto.

E me pus a procurar companhia boa,
A garoa vinha e passava ligeira, ralé;
O frio pela janela incomodava tua superfície quente.
Sem cessar, uma paralela aos olhares: palavras.

Se te encanta o mar aos deslizes de teu prazer
E não te satisfaz nem as maiores ondas tombadas com fúria
Atraído me impressiona o mar; naveguei contigo em águas calmas.

Dias de simplicidade ao maior grau de tensão,
Parecia uma ilha sem paradeiro num vago flutuar.
Não tens preço como toda a imensidão do mar!

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Bom Samaritano

A intelectualidade a dez palmas abaixo do chão;
O Tempo que não quer me dizer mais nada;
Ocorreram tantas e tantas coisas nesse curto tempo,
Quantas mudanças eu sofri, pois a vida faz sofrer;
A vida quer viver.
Por Deus ter me dado tanto amor e ninguém pra receber
Como líquido que se adapta flexível
Em um recipiente pequeno
Muito amor estraga alguns, transborda pelo ventre
Muito amor não preenche alguns, sobra espaço, falta pedaço,
Carência de si esse oco abismo;
Falta se encontrar.
Já nascemos suspeitos, porém meros inocentes.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Eureka!!!

A visão individual e as referências que fazemos quando observamos algo, em perspectivas diferentes é o que faz da arte em certos casos: original. Mas isso depende do olhar aguçado de cada um, e o que aparentemente era simples torna-se complexo apartir da forma que se vê e encara a vida, um simples objeto pode representar muito mais quando se usa a imaginação, o barato é que isso é sempre infinitamente indeterminado, assim quando escutamos uma música que em certas pessoas desperta mais glamour, mais emoções e até afeta as lembranças em certos casos, a mesma música pode não ser escutada com tantos previlégios para outras pessoas. Outro bom exemplo é usado no artesanato, pedras, sementes, potes de margarina, tecidos em retalho, uma série de coisas que podem ser nomeadas como "lixo" por uns, mas a visão através da imaginação exteriorizada faz manualmente a transformação. É o homem transformando o meio, adaptando abstratamente, organizando o caos dentro de infinitas possibilidades. Parece simples, mas não é, e isso é só parte de um pensamento meu que a cada dia se alimenta de novas referências, observações geniais, absorção, uma claridão na mente!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

D.C.

Lembre-se que falar sobre o amor não é proibido
Pessoas defendem
Pessoas não acreditam
Mas ele está no escuro contido em seu ser
E é por isso, você precisa acreditar
O amor não está perdido
Apenas escondido

Não faça meu coração sangrar
Pois meu espírito é forte
E além desse espaço "vazio" que me cerca
Ainda consigo sonhar

Acredite o verdadeiro amor foi assassinado antes do meu caso
Pessoas defendem
Pessoas não acreditam
Mas o amor sempre ressurge com sua força incontrolável
E é por isso, você precisa acreditar