sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Eu Queria Ser Seu Espelho

Como me dói esse cansaço, descaso, o compasso.
Eu queria se seu espelho,
Só pra você ver você através dos meus olhos, perspectiva.
Eu queria ser o reflexo da sua consciência mal ajustada.

Imagine, ser a apatia refletida nos olhos de espelho,
Ia saber o quanto lhe faltam pedaços, fragmentos que não se encaixam.
E rejeição mordaz que só entristece.
Só entirstece, adoece, entorpece, envelhece e empobrece o coração.

Eu tentei refletir alegria de todas as formas,
Mas isso só lhe fez mal, isso só arruinou as estruturas,
Você se olha no espelho e enxerga o garoto perdido?
Você consegue enxergar? Consegue perceber a ingênuidade de um sábio?
Tente emancipar-se desse orgulho que seu ego criou, dessa vaidade apática.
O espelho reflete os olhos, você pode vê-los, mas não a alma.

A alma não.
A alma não...

É, eu realmente queria ser seu espelho... ah.
E provar o gosto da condescendência juntos.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Os Caminhos Por Onde Preservam A Cultura

Andando na contra mão na calçada do cidadão,
Toda a natureza preservada e modelada pelas mãos do dominante;
Ando na contra mão por proteção garantida, assim observo quem vem contra,
E aquele teatro logo ali, não sabe que também tenho interesses cognitivos,
O visual variante de vermelho, azul e amarelo são primárias belas da estrutura cortês, estático.
Mas não sou da era paleolítica e já entendo o círculo cromático,
Entendo porque atiraram pedras ou dão valor a quem já recebeu méritos,
Entendo o quão morto está a valorização da arte moderna,
O quanto se esvazia a fonte das artes passadas,
E o novo se torna cada vez mais dinâmico e mal expressado.
O direito de se expressar está mais limitado dentro das conservadoras galerias burguêsas,
A arte tem de ser enchugada para acatar os clichês estéticos da sociedade,
E se tornar uma raridade pouca ingerida no prato sem arroz e feijão.

Os caminhos por onde preservam a cultura proliferando a esperança...
Num lado a cultura de massa e a antagônista contra-cultura escassez,
Ambos caminhos preservados e complexos por onde a arte transcende.
Metafísica: a arte é a perfeita robustez que atravessa os tempos,
Preenchendo os vácuos dos séculos, síntetizando o universo,
Simbolizando o infinito em simples traços, atos, pedaços, espaços, restos...
Trate-a como solução, não problemática, a arte é a ciência primordial adormecida no ser.
Toda epistemologia respira arte,
Toda ideologia é arte, basta ser ousado e original que a arte faz juz.
Os caminhos por onde preservam a cultura dessa etnia contemporânea,
Muitas vezes alimentada de medo, cultuam pra não esquecerem quem são,
Assim como existem brasileiros que se preocupam com a língua nacional mal falada.
Artistas caçam, em qualquer canto que seja, novas inspirações, conscisões, contexto social.
E se o educador de hoje não organizar seus métodos, será usurpado pelo computador.
Perceba que empatia ainda existe nesse século,
E os caminhos por onde preservam a cultura diz respeito a minha paixão.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Até onde saber amar...


Jesus Cristo foi crucificado por ser tão beneficente, se tivesse aceito a verdade que assolava a sociedade na época, teria morrido desgostoso. Talvez, até se tivesse posto a tona todo o ódio contido ao invés de ter sido tão pacifista, teria encomodado mais ainda, mas tornou-se alvo fácil e despreocupado com a conduta que o levou a morte fez-se vítima e morreu sozinho. Apesar de não ter usado a agressão como única arma, usou a sabedoria pra contestar os parádgmas da época através das próprias verdades que julgava sagradas, e essas verdades possuiam o ódio como princípio, ódio discreto, pragmático, mas necessitou de sentir ódio para existir como grande pensador. Eu entendo e perdoo Jesus, pois hoje as coisas continuam como antes; se eu conter esse lado robusto onde adormece o meu ódio, é capaz de me fazerem carregar mais de uma cruz. Se eu estiver no fundo do poço é capaz que me esqueçam lá, isso por eu ter minhas verdades e conhecimento pleno de quem sou, mas a sociedade contradiz - influenciada pelos dogmas religiosos - meu direito de ser livre nesse mundo, mesmo que dela a "verdade" seja a "liberdade de expressão".
Enquanto alguns sofrem, outros gozam desse sofrimento, por outro lado há quem tenha demais enquanto outros possuem pouco. Assim é com o ódio também, só precisa da dosagem certa, de auto conhecimento e de objetivo para impelir. Jamais deve se carregar a cruz dos outros apenas pra manter uma imagem solidária, cada qual com seus problemas, pois a solução é subjetiva. Quantas histórias conhecemos sobre pessoas que abusaram na dosagem do amor e isso tornou do ódio um sinônimo do amor?
Hoje em dia, é até normal ser amado demais e não suportar, mesmo porque todo indivíduo contemporâneo, geralmente consome tudo o que a industria global lança mundo a fora, assim como o amor, que se tornou um produto embalado também, mas isso é uma exceção de intelectualidade onde se conquista o amor e o ódio ou se compra pré-fábricados, com direito a defeito de fabricação sem validade e dependências. Seja pacifista, mas não mais um "objeto pacifista", seja dinâmico, cognitivo e prudente, crie mecânismos de defesa pois a sociedade nos quer despreparados, pradonizados, e ainda nesse sentido: ame com limite. Quanto mais você abusar do empirismo, mais exposto a repressão social você estará; quanto mais conhecimento obter mais você encomodará, até que mais verdades deixarão de existir.